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Resumo sobre a Segunda Guerra Mundial (o que foi, principais acontecimentos…)

Resumo: Texto sobre a Segunda Guerra Mundial. Material ideal para você conhecer os principais fatos, acontecimentos, participantes e desfecho do conflito. Ótimo para revisão, estudos para vestibular, como material de revisão, de aprofundamento ou texto de apoio para recuperação.

Habilidades: EF09HI13, EF09HI15

Introdução

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é considerada o maior conflito militar ocorrido no século XX. Caracterizado pela destruição sem precedentes na história, o conflito contou com a participação de países em todos os continentes e com o envolvimento das maiores potências do período.

No conflito, a Alemanha, o Japão e a Itália formaram o Eixo, enquanto seus oponentes, os Aliados, incluíam França, Inglaterra, China, União Soviética e Estados Unidos. Estes dois últimos juntaram-se à luta oficialmente a partir de 1941.

Antecedentes e Causas da Guerra

As raízes da Segunda Guerra Mundial remontam a outro conflito militar, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste conflito, os acordos de paz estabelecidos foram insuficientes para encerrar as tensões na Europa.

No caso alemão, o país saiu derrotado da Primeira Guerra Mundial e foi obrigado a aceitar os termos do Tratado de Versalhes (1919). Esse acordo impôs a perda territorial da Alsácia-Lorena para a França e determinou o pagamento de uma pesada indenização aos vencedores, condições vistas como humilhantes pelos alemães.

A indenização devida dificultou a retomada da economia alemã, causando elevada inflação e altos índices de desemprego. Posteriormente, os efeitos da Crise de 1929 deixaram o país num quadro econômico ainda mais grave, propiciando um sentimento de revanche contra ingleses e franceses.

Na década de 1930, Adolf Hitler ganhou força política ao aproveitar desse descontentamento. Como líder do Partido Nazista, ele se popularizou através de discursos nacionalistas e de vingança contra britânicos e franceses. Além disso, baseou-se no antissemitismo (ódio aos judeus), culpando a população judia pela derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Com esse discurso, conquistou apoio popular e assumiu o poder na Alemanha em 1933, dando início aos seus planos expansionistas.

Na Itália, mesmo sendo uma das vencedoras da Primeira Guerra Mundial, a população nutria ressentimentos devido à recusa de suas pretensões territoriais pelas outras potências. Para agravar a situação, após a guerra, a volta de milhares de soldados sem emprego suficiente causou um profundo desequilíbrio socioeconômico. Aproveitando esse cenário, o líder fascista Benito Mussolini assumiu o poder em 1922 com um discurso expansionista, nacionalista e autoritário.

A partir de então, o Eixo começou a expandir seus territórios. Aqui, chama a atenção as ações da Alemanha, que, depois de anexar a Áustria e parte da Tchecoslováquia (Crise dos Sudetos), invadiu a Polônia em 1939. Esse acontecimento específico deu início à Segunda Guerra, após a Inglaterra e a França declararem guerra contra o Eixo.

O início da Guerra

O início da guerra foi marcado pela superioridade do Eixo. A Alemanha conquistou rapidamente a Polônia e depois voltou-se para a luta contra franceses e ingleses.

Em poucos meses, surpreendeu as defesas francesas e efetuou a Conquista de Paris (1940), estabelecendo um governo colaboracionista favorável aos nazistas. A estratégia alemã de invadir a França pelos Países Baixos, esquivando-se da Linha Maginot – série de fortificações francesas em sua fronteira com a Alemanha – foi fundamental para o êxito militar.

No mesmo período, a Holanda, a Bélgica e a Noruega também foram invadidas e conquistadas pelo Eixo. Já a Inglaterra enfrentava bombardeios frequentes dos aviões alemães enquanto resistia a uma invasão terrestre.

Também ocorriam conflitos no Norte da África e na Ásia. Enquanto tropas italianas e alemãs travavam combates no Egito, esperançosos na conquista do estratégico Canal de Suez, na Ásia, o Japão expandia seu território conquistando as colônias francesas na Indochina e na China.

A segunda etapa do conflito - URSS e EUA

No entanto, a partir de 1941, o equilíbrio do conflito foi alterado. Decisões tomadas por países do Eixo levaram à adesão de novas nações ao lado dos Aliados.

Na Europa Oriental, a Alemanha decidiu invadir a União Soviética em 1941. Embora tenha conquistado vitórias iniciais, as tropas alemãs sofreram uma dura derrota na Batalha de Stalingrado (1942-1943). Esse conflito, conhecido como o mais sangrento da Segunda Guerra Mundial, foi travado em uma luta bairro a bairro na cidade de Stalingrado. Aproveitando as sérias dificuldades logísticas dos inimigos, o exército vermelho impôs a primeira derrota significativa aos alemães na guerra.

O bombardeio japonês à base naval norte-americana de Pearl Harbor (1941) foi outro episódio decisivo. Os militares japoneses tomaram essa decisão para consolidar seu domínio no Pacífico e prevenir o avanço da marinha norte-americana no Oriente. Como resultado, os Estados Unidos declararam guerra ao Eixo, mobilizando suas forças na Ásia e na Europa.

No norte da África, o plano do Eixo em conquistar o Canal de Suez foi detido na batalha de El Alamein (1942). Esse episódio foi estratégico para que os aliados mantivessem seu controle na rota que conecta o Mediterrâneo às reservas de petróleo do Oriente Médio, garantindo o abastecimento das tropas e dos países em conflito.

Em 1944, tropas norte-americanas e britânicas desembarcam na região francesa da Normandia, no chamado Dia D. Elaborada em pleno sigilo, a estratégia abriu um novo front de batalha na Europa, dividindo as forças do Eixo entre a campanha oriental, contra a União Soviética, e o cenário ocidental, contra britânicos e norte-americanos.

Em 1944, estimulado por acordos com os Estados Unidos, o Brasil enviou tropas para a Itália, contribuindo assim para o cenário europeu do conflito.

O Holocausto

Ao mesmo tempo em que participava da guerra, a Alemanha acelerava internamente as ações vinculadas ao Holocausto, isto é, o extermínio de cerca de seis milhões de judeus entre 1933 e 1945.

Durante o Holocausto, os judeus foram confinados em guetos nas cidades, áreas superlotadas e segregadas do resto da sociedade. Sofreram a perda de seus pertences, enfrentaram violência sistemática e eram enviados continuamente para campos de concentração, onde eram submetidos a condições desumanas extremas. Nesses locais, muitos foram sistematicamente eliminados em fuzilamentos ou nas câmaras de gás. Outros foram submetidos a trabalhos forçados até a morte, revelando a face mais brutal da era nazista.

Os nazistas acusavam os judeus de serem estranhos à nação alemã, culpando-os pela derrota na Primeira Guerra, alegando traição. Essas acusações, embora infundadas e preconceituosas, encontraram eco em grande parte da população, que nutria de um sentimento antissemita herdado de épocas anteriores.

À medida que os Aliados avançavam e recuperavam territórios antes ocupados pelo Eixo, relatos dos massacres executados nos campos de concentração começaram a se espalhar. Essa divulgação de informações destacou o perigo extremo dos discursos de ódio e suas consequências devastadoras.

Como consequência, o direito à memória das vítimas e a divulgação dos horrores do Nazismo tornaram-se deveres permanentes pelos Estados e sociedades democráticas. Nesse esforço, museus foram estabelecidos em todo o mundo, procurando estimular reflexões e preservar a memória das vítimas, a exemplo do Museu do Holocausto nos EUA e do Memorial de Auschwitz-Birkenau, antigo campo de concentração da Polônia.

Além disso, a experiência do Holocausto gerou reflexões filosóficas importantes sobre a natureza humana e a experiência nazifascista, com destaque para os trabalhos de Hannah Arendt e seu conceito de banalidade do mal.

O Final da Guerra e suas consequências

Na Europa, as forças do Eixo não resistiram ao avanço simultâneo da União Soviética e das tropas ocidentais. Como resultado, a Itália se rendeu, levando à captura e morte de Benito Mussolini pela resistência antifascista. Pouco depois, em maio de 1945, a Alemanha também se rendeu, com a invasão de Berlim por tropas soviéticas. Pouco antes desse evento, Adolf Hitler cometeu suicídio para evitar ser capturado por seus inimigos.

O Japão permanecia como a última potência do Eixo no conflito, mantendo-se com uma resistência persistente. Diante disso, os Estados Unidos optaram por uma estratégia drástica para forçar a rendição japonesa: o lançamento de bombas nucleares sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki em 1945.

As bombas nucleares causaram uma destruição massiva nas cidades atingidas, resultando na morte de milhares de civis. Além das perdas imediatas, as doenças relacionadas à radiação causaram mais mortes, deixando um legado devastador para os habitantes e gerações futuras nessas cidades. Do ponto de vista político, o uso dessas armas foi decisivo para provocar a rendição japonesa.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, houve ampla discussão sobre a necessidade de evitar futuros conflitos desta escala e assegurar a proteção das minorias. Como resposta, em 1945, representantes de cinquenta e um países se reuniram na Conferência de São Francisco, resultando na criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa entidade foi estabelecida com o objetivo central de garantir os direitos humanos mundialmente e buscar soluções diplomáticas para impasses internacionais.

Com o declínio dos regimes nazifascistas, o mundo presenciou o surgimento de uma nova ordem geopolítica: a Guerra Fria. À medida que os Estados Unidos e a União Soviética emergiram como as principais potências vitoriosas ao final da Segunda Guerra, começaram a rivalizar entre si e a disputar áreas de influência. Eventos como a divisão da Alemanha, a Guerra Civil Grega e a separação da Coreia revelam o novo panorama mundial que se desenrolou ao longo das décadas seguintes.

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