Resumo: Atividade sobre o Quilombo dos Palmares pronta para imprimir e utilizar com os Anos Finais, especialmente os 7ºs e 8ºs anos. Contém texto adaptado, exercícios e uma cruzadinha.
Habilidades BNCC:
(EF07HI12) Identificar a distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial e étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática).
(EF08HI05) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.
Texto da Atividade
O Quilombo dos Palmares
O maior e mais famoso quilombo do Brasil foi o Quilombo dos Palmares, fundado na região que hoje fica entre os estados de Pernambuco e Alagoas, próximo à Serra da Barriga. Palmares não era um único quilombo, mas sim várias comunidades unidas sob uma mesma liderança. Para se sustentarem, essas comunidades praticavam a agricultura, criavam pequenos animais e extraíam madeira da região.
Entre os quilombos que formavam Palmares, destacam-se as comunidades de Acotirene, Aqualtune, Subupira, Tabocas e Macaco, sendo esta última a capital e o local onde residia o líder dos quilombos. Todas as comunidades de Palmares eram protegidas contra invasões com cercas e diversas armadilhas, como fossos e estacas de madeira afiadas e escondidas.
A cultura e a religião de Palmares misturavam elementos africanos, indígenas e europeus. Vale destacar que seus moradores não chamavam seu local de moradia de “quilombo”, mas sim “Angola Janga”, que significa Pequena Angola. Esse nome é uma referência direta à região da África de onde muitos escravizados foram trazidos.
Quanto à população, as comunidades de Palmares começaram a crescer no início do século XVII (anos 1600) e, já na década de 1640, abrigavam cerca de 6 mil pessoas. Na década de 1690, Palmares alcançou seu auge, com cerca de 20 mil moradores, incluindo muitos que já eram da terceira geração nascida no quilombo.
Quilombo dos Palmares - Resistência e Batalhas
Tanto os holandeses quanto os portugueses tentaram atacar Palmares a partir de 1630, mas as comunidades resistiram. Palmares chegou a formar um exército próprio com armas compradas ou roubadas dos inimigos. Nos anos de 1670, o líder Ganga Zumba tentou fazer um acordo de paz com os portugueses, mas os líderes mais jovens discordaram, mataram Ganga Zumba e continuaram a luta.
Com a morte de Ganga Zumba, Zumbi dos Palmares se tornou o líder do quilombo. Além dele, Dandara, sua companheira, foi uma importante guerreira que lutou bravamente para defender o quilombo. Ela desempenhou um papel de liderança nas batalhas e nas decisões estratégicas de Palmares.
Após mais de 80 anos de guerra e resistência, um exército de 6 mil soldados, financiado pela Coroa Portuguesa, finalmente destruiu Palmares em 1695. No entanto, sua memória permanece viva até hoje, celebrada como uma das maiores resistências à escravidão. Inclusive, o dia 20 de novembro, o “Dia da Consciência Negra”, foi escolhido como feriado para lembrar a memória de Zumbi dos Palmares e de todos que lutaram contra a injustiça da escravidão.
Texto adaptado da obra “Escravismo no Brasil”, por Francisco Vidal Luna e Herbert S. Klein.
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