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Resumo completo sobre Roma Antiga

Resumo: Resumo bem completo sobre o conteúdo de Roma Antiga. Foi preparado para estudos uma turma pré-vestibular, mas também pode ser entregue e utilizado para alunos do Ensino Médio. É útil também para professores que querem revisar o tema antes de uma atividade ou prova sobre Roma Antiga.

Resumo: Roma Antiga

1. Localização: Península Itálica

Mapa histórico sobre as origens de Roma e os povos da península itálica.
Mapa histórico sobre as origens de Roma e os povos da península itálica. Fonte: ARRUDA, José Jobson. Toda a História. São Paulo: Editora Ática, 2006. p. 65
  1. Origens de Roma:
    • Lendária: Mito de Rômulo e Remo: Segundo a tradição, os netos de Enéias, rei de Tróia, foram criados por uma loba e vieram a fundar a cidade de Roma, sendo Rômulo o primeiro rei Romano.
    • Histórica: Fortaleza de italiotas contra o avanço de povos Etruscos.

  2. Períodos da História Romana:
    • Monarquia (753-509 a.C.) – República (509-27 a.C.) – Império (27 a.C. – 476 a.C.)
  3. A Monarquia Romana (753-509 a.C.)
  • Poucas informações e documentos históricos
  • Seis reis após Rômulo
  • O rei governava e concentrava poderes, mas consultava o Senado (conselho de patrícios).
  • Classes da sociedade romana:
    • Patrícios: Elite, nascidos nas famílias mais nobres. Proprietários de terras e de escravos. “Patrício” significa “aquele que tem pai”, em referência à origem nobre.
    • Clientes: Viviam juntos aos patrícios e deviam favores a eles.
    • Plebeus: População livre e pobre de Roma. Eram obrigados a trabalhar, pagar impostos e servir como base do exército romano.
    • Escravos: Eram propriedade de outra pessoa, geralmente patrícios. Não eram cidadãos. Eram capturados em guerras, por nascerem filhos de escravos ou por dívidas.

  • Queda da Monarquia: O último rei de Roma (Tarquínio) foi deposto após tentar reduzir a influência dos Patrícios no governo. Após ser deposto, há a formação da República Romana em 509 a.C.

 

  1. A República Romana (509-27 a.C.)
    • República significa “Coisa Pública” (‘res’ = coisa; ‘pública’ = pública). Apesar de o nome valorizar o “público”, na prática, a política privilegiava os Patrícios.
    • Principais cargos públicos:
      • Senado: Autoridade máxima na República. Composto por trezentos patrícios, decidiam leis e questões importantes da política externa e interna.
      • Magistrados: Cargos públicos eletivos. Exemplos:
        • Cônsules – presidiam o senado e as assembleias.
        • Pretores – justiça.
        • Questores – tesouro público.
        • Censores – contagem e alistamento da população.
    • Assembleias: Reunião de cidadãos que elegia cargos e opinava sobre as leis. A mais importante era a Assembleia Centuriata, comandada pelos patrícios.
    • Característica da Sociedade Romana: Patriarcal – tudo girava em torno do Pater Familias (pai, o “chefe” de família”). Mulheres não eram consideradas cidadãs, embora tivessem condições melhores que em Atenas.
    • O período republicano foi marcado por conflitos entre Patrícios e Plebeus. Foram fundamentais para conquista de direitos da Plebe. Alguns eventos importantes:
      • Revolta do Monte Sagrado (494 a.C.): Plebeus abandonam a cidade de Roma numa espécie de greve. Conquistam o cargo de Tribuno da Plebe, representante dos plebeus no Senado.
      • Outras conquistas:
        • 450 a.C.: Lei das Doze Tábuas: As leis romanas passaram a ser escritas e todos poderiam consulta-las.
        • 445 a.C. Lei Canuléia: Permitia o casamento entre Patrício e Plebeu.
    • Durante a República, ocorre a expansão territorial romana:
      • Roma domina primeiro a Península Itálica, garantindo abastecimento da cidade.
      • Em seguida, avança para o Mediterrâneo nas chamadas Guerras Púnicas (264 – 201 a.C.), disputada entre romanos e cartagineses. Ao todo são três Guerras Púnicas, que terminam com a vitória de Roma e seu domínio no Mediterrâneo.
      • Com o domínio do Mediterrâneo, a expansão se acelera com o transporte marítimo. Atinge o Norte da África, a Grécia, a Ásia Menor e a Península Ibérica.
      • Consequência da expansão: Surgimento da classe dos cavaleiros, comerciantes enriquecidos que compravam títulos de nobreza.
Mapa sobre a história da expansão Romana.
Mapa da Expansão Romana. Fonte: ARRUDA, José Jobson. Toda a História. São Paulo: Editora Ática, 2006. p. 71
    • Crise da República:
      • Rápidas vitórias militares fazem com que muitos escravos entrem no mundo Romano. Trabalham nas fazendas dos Patrícios.
      • Ao mesmo tempo, a concentração de terras se agrava. Terras conquistadas eram repassadas a generais patrícios.
      • Grandes propriedades patrícias trabalhadas por escravos geram uma concorrência desleal, falindo pequenos os agricultores plebeus. Estes começam a protestar por direitos nas cidades romanas.
      • Ocorrência de revoltas de escravos (Ex. Spartacus).
    • Proposta de Solução para a Crise:
      • Tibério e Caio GracoReforma Agrária. Não é aceita pelos patrícios poderosos e são assassinados.
    • Revoltas dos plebeus e escravos levam à formação do Primeiro Triunvirato, governo formado por generais populares.
      • 1º Triunvirato: César, Pompeu e Crasso. César acaba se tornando Ditador Vitalício e sofre um atentado dos senadores, preocupados em perder o poder para o general.
      • 2º Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e Lépido. Disputas internas, resulta na coroação de Otávio como Imperador dos Romanos.
  1. O Império Romano
    • Poder político: Imperador de Roma controla o poder político. Pode declarar guerras, criar e aprovar leis por si só e concentra as atribuições dos magistrados.
    • Características do período Imperial de Roma:
      • Pax Romana: Período de paz interna no Império, em contraste às crises da República.
      • Política do Pão e Circo – Distribuição de pão e organização de espetáculos para desmobilizar os Plebeus dos protestos.
      • Continuação da Expansão do Império até por volta do séc. III d.C.
      • Auge da cultura e arquitetura romana.
      • Surgimento e expansão do Cristianismo.
  • Crise do Império Romano (Crise do Século III d.C.)
    • Crise do escravismo: A expansão romana é interrompida a partir do século III d.C. As tropas são utilizadas para reprimir revoltas internas, mas sem conquistar territórios. Como resultado, escravos param de ser capturados e reduz a mão de obra disponível no campo.
      • Imperadores tentam solucionar a falta de mão de obra com o Colonato (colono trabalharia nas terras de um senhor em troca de proteção e alguns direitos), mas não é suficiente.
    • Crise administrativa: O Império estava grande demais, dificuldades logísticas e de administração. Soldados começam a criar laços de lealdade com seu general, e não mais com o Imperador.
      • 330 d.C.: Tentativa de solução: imperador Constantino divide o Império: Imp. Rom. do Ocidente (Capital: Roma) e Imp. Rom. do Oriente (Capital: Constantinopla).
Império Romano do Ocidente (vermelho) e Oriente (azul). Fonte: Wikicommons.
    • Conflitos Religiosos: O cristianismo era uma religião monoteísta. Negava a divindade do Imperador e os Deuses Romanos. Defendia que todos eram iguais perante Deus. Apesar de perseguidos, os cristãos e sua filosofia conseguem se espalhar no Império.
      • Consequências:
      • 313 d.C.: Édito de Milão. Constantino permite a liberdade religiosa e se converte ao cristianismo.
      • 391 d.C.: Édito de Tessalônica. Teodósio faz do Cristianismo a religião oficial do Império.
    • Invasões Bárbaras: Bárbaro eram aqueles que não falavam latim e não tinham a cultura romana.
      • Povos “bárbaros” germânicos invadem o território do Império Romano, inicialmente em paz, atuando como mercenários ou como trabalhadores do colonato. Mas, aos poucos são preteridos no mundo Romano, e começam as hostilidades contra Roma
      • Hunos: Povo guerreiro da Ásia Central, invade o Leste da Europa. Pressiona os povos germânicos a invadirem militarmente o Império Romano do Ocidente.
    • 476 d.C.: Roma é invadida e saqueada pelos Vândalos, um dos povos Bárbaros. Fim do Império Romano do Ocidente.
    • Império Romano do Oriente passa a ser chamado de Império Bizantino.
  1. Heranças do Mundo Romano
    • Filosofia: estoicismo (Sêneca).
    • Direito: direito romano é a base do direito ocidental.
    • Religião: Formação da Igreja Católica a partir do Concílio de Nicéia.
    • Artes: Mosaicos, pinturas, arquitetura (arcos e abóbodas), teatro e literatura.
    • Línguas Neolatinas: Francês, Português, Espanhol, Italiano, Romeno – línguas derivadas do latim.
    • Engenharia: Coliseu, aquedutos (água) e áreas urbanas sofisticadas
Imagem de aquedutos construídos na Roma Antiga.
Antigos aquedutos romanos. Fonte: Wikicommons.
Imagem do Coliseu em Roma.
Fachada do Coliseu, o mais famoso exemplo da arquitetura romana. Fonte: Wikicommons.

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